domingo, 27 de março de 2011

Ele já teve


um coração de ouro. Hoje em dia é feito de pedra - isso se ainda houver coração. Seus olhos envenenam minha alma de modo que eu perca a capacidade de ser racional; são olhos dissimulados, tem o poder de me tirar do estado sóbrio. É como tomar whisky sem se preocupar com o número de doses.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Hoje passei em uma rua


que me lembra lágrimas. A aflição tomou conta de mim, meus olhos se rebelaram, meu peito alternava entre a tristeza e a raiva. Tentei não demonstrar, mas não houve jeito: minha mãe, mesmo dirigindo percebeu e susurrou: É uma rua como outra qualquer. Deveria ser, e eu realmente queria que fosse. Mas, ao mesmo tempo, me recuso a aceitar meu desejo.