sexta-feira, 28 de maio de 2010

Hoje eu sonhei.

Sonhei que estava em um lugar tão mágico, mas não sabia exatamente onde era. Tinha uma energia boa, tudo era perfeito. Era de noite. As pessoas estavam felizes, rindo à toa e vestidas de uma forma estranha.
 Se aproximou de mim um garoto dos olhos claros. Ele era lindo. Com o tempo fui percebendo que algo nos unia de uma tal forma que chegava a ser esquisito, e tive a sensação de que ele era tudo o que eu sempre quis. Acordei assustada, mas me recordei exatamente onde estava, com quem estava e como tudo aconteceu. Fiquei estabilizada por alguns segundos. Talvez este dia tenha se tornado o melhor de toda a minha vida.

O pecado de amar-me

se apodera
dos meus olhos, minha alma, tudo em mim;
e para este pecado não há fim,
porque em meu coração ele se gera.

Soneto 62 - William Shakespeare (Versos 1-4)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não pense no amanhã

 como se fosse um dia qualquer, pense como se fosse sua última oportunidade de dizer e fazer coisas que são importantes pra você, e que talvez possa fazer a felicidade de alguém mais, alguém que de algum jeito é especial. Não tente driblar o destino nem a felicidade, viva apenas sua vida, de um modo intenso porque os dias passam e o que nos resta são só lembranças de um dia, ou um momento, por mais curto que seja, mas que significou muito.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Talvez

 Me fechar, pensar em mim mesma. Talvez seja bom. Talvez não. Talvez seja necessário que eu cresça, que eu adquira princípios e ideias novas. Parar de acreditar em tudo e todos, deixar de me importar com o que os outros pensam. Talvez ser mais rígida ajude, talvez a solução seja ser mais persistente com o que quero. Deixar de gastar tempo com quem não merece, excluir coisas fúteis dos meus planos. Talvez deixar a vida tomar um rumo completamente diferente do esperado possa me fazer feliz. Melhorar imperfeições, dar valor no que realmente importa pode me fazer bem. Pequenas mudanças podem trazer melhorias. Mudanças bruscas também. Talvez tudo isso possa me tornar melhor. Ou talvez todas essas palavras sejam ao vento mais tarde, porque talvez não passem apenas de um pequeno lapso de loucura, de uma estranha falha cerebral.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Larguei a bolsa junto ao fichário

em cima da mesinha tímida e sem sal. Entrei no meu quarto e com dificuldade parei em pé. Não quis pensar o que teria a minha espera naquele dia, mas era inevitável sentir que algo de ruim iria acontecer. Sentei na cama; as lágrimas caíam em cima do edredom. Olhava pela janela cor de pôr do sol o dia; era um dia normal. Mas meu pressentimento não errou. A tarde chegou. Estava muito aflita, chegava a sentir o perfume que hoje em dia, ele não usava mais. As lágrimas não queriam parar de cair quando tive a certeza de que tudo iria acabar. Aquele dia normal transformou-se num monstro.

Talvez seja só o começo.

Talvez seja o final de tudo. Não posso me submeter a coisas que são inevitáveis agora, mas talvez eu não consiga me livrar de tudo isso. Dizem sempre que no futuro a gente ri de certas coisas, mas acho que infelizmente não terei motivos bobos o suficiente para isso. As coisas são estranhas hoje e parece que sempre vão ser. Tenho a sensação de que nunca isso irá sanar.

Amor.

Sentimento uniformemente variado. Ninguém sabe ao certo o que é, e nem até onde ele pode ir. Afinal, se for verdadeiro, não tem limites. Eu particularmente sinto ódio do amor. Quem nunca sentiu ódio do amor? Ele faz as pessoas cometerem atos sem a mínima conciência, faz tudo entrar num mundo de fantasias que pode desaparecer e te jogar na realidade a qualquer momento. É uma bomba relógio; quando esse mundo de fantasias desaparece, faz a vida acabar de vez. Sim, amor causa consequências não tão boas, traz corações quebrados. É realmente incrível como um sentimento tão puro, bom e lindo pode acabar com um ser em segundos; se transforma num monstro por muitas vezes imortal que cresce dentro de nós. Realmente é inexplicável.
 Daí eu me pergunto: Será que existe felicidade plena e amor caminhando lado a lado? Às vezes isso parece impossível. Talvez o amor traga apenas felicidade momentânea. E então, será que vale à pena amar?

De acordo com o filósofo belga Chaim Perelman,

o senso comum é uma série de crenças admitidas por um determinado grupo social, cujos membros acreditam serem compartilhados por todos os homens.

 Créditos à aula do professor @kleytonrezende. Saudades.

Às vezes dá vontade

de sumir. Ou fazer com que todos sumam. É tão irritante as pessoas quererem fazer de você uma marionete, como se você não tivesse vida própria. Já não bastam os desafios que você já tem, e ainda insistem em criar problemas sem necessidade na sua vida. Isso tudo acaba resultando em lágrimas por não saber por onde começar. Bem, isso quando você não começa a se sentir o problema, daí vem mais lágrimas. Dá vontade de começar do zero, nascer de novo talvez. Mas a única coisa a se fazer é seguir em frente sem olhar pra trás.